É... Segundona, dia de renovar os propósitos da semana; agradecer as coisas boas, e as não tão boas assim... E então, recomeçar!
E por falar em recomeçar, eu estive pensando sobre a saída dos israelitas do Egito.
Depois que José foi governador no Egito, os descendentes de seus familiares se multiplicaram por lá. A Bíblia diz que eram tantos os descendentes de Jacó (que teve o nome trocado por Israel), que o novo Faraó, que não conhecera José, arquitetou um plano para diminuí-los.
“Eia, usemos de astúcia para com ele (o povo israelita) para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra” Êxodo 1:10
Quando eu leio esse trecho, acho até que Faraó foi muito inocente – temeu ao povo e não o Deus do povo. Bom, não é esse o caso. Aí ele (Faraó) arquitetou todos aqueles planos que a gente já sabe: mandou as parteiras das hebréias matarem os meninos (que não funcionou, já que Sifrá e Puá não obedeceram o rei); daí a ordem foi direta à todo o povo egípcio: todos os recém nascidos meninos, deveriam ser jogados no Rio Nilo – as meninas sobreviveriam (será que é por isso que hoje tem mais mulheres do que homens? – rs )
Foi nesse contexto que Moisés nasceu; mas a história de Moisés vocês já conhecem: Joquebede esperou o menino ter 3 meses, colocou-o num cesto betumado e tampado, e levou-o ao Nilo sob os cuidados de Miriã, irmã de Moisés. E quando o cesto chegou perto da filha do Faraó, ela o pegou e o adotou.
Moisés cresceu vendo o povo de Israel ser subjugado: eles trabalhavam mais e ganhavam menos. (tudo isso por medo do Faraó, não se esqueçam). E Moisés então cresceu um “rebelde com uma causa”.
Aí ele mata o egípcio que está castigando um hebreu, vira um “fora da lei”, foge, vai pro deserto, se casa e fica por lá. É quando Deus o manda de volta ao Egito para tirar o povo de lá. Pronto, cheguei onde eu queria: a saída do povo do Egito (ufa, demorei a chegar aqui, hein! – rs)
A saída do Egito é simplesmente demais! Ela é tão cheia de lições pra hoje, pro nosso dia a dia, que daria um livro – rs
Olha só, Deus manda Moisés ir até Faraó pra liderar a saída do povo, mas já vai logo avisando que “endureceria o coração do Faraó”. Ué, pra quê isso? Só pra dificultar?
Eu entendo que nessa situação há alguns fatos:a.) Faraó não conhecia o Deus dos hebreus e seu poder; b.) os hebreus estavam acostumados com a vida que levavam, e cultuavam a Deus sem saber do que Deus era capaz; c.) os egípcios não conheciam o poder do Deus dos hebreus; d.) os egípcios desejariam a saída do povo hebreu de seu meio, a ponto de lhes entregarem ouro, linho e alguns bens.
Agora me conta: quantas vezes você já se viu em uma situação parecida? No meio de um problema que não foi você quem criou, não sabe como resolver, e de repente voilá – você se sai muito bem, obrigado? Não se confunda, não perca o foco – foi Deus quem trabalhou por você. E Ele trabalha em coisas tão pequenas, que você nem está se dando conta. É Ele quem trabalha nas grandes também – mas as pequenas costumam passar despercebidas de nossos olhos.
Outra coisa que me chama muito a atenção: ô povinho reclamão esses hebreus: reclamam da saída do Egito, reclamam da travessia do Mar Vermelho, reclamam da comida, enfim, reclamam de tudo. (e por castigo de tanto reclamar, ficaram no deserto por 40 anos)
Mas, sabe porque eles reclamavam?
...embora Deus tivesse livrado o povo, eles continuavam escravos – não de qualquer poder militar, mas da sua maneira de considerar o mundo, da sua obstinação e medo de aceitar os riscos que inevitavelmente acompanham uma vida de fé...
...Os israelitas que deixaram o Egito como escravos, não estavam prontos para a liberdade plena que Deus queria para eles. (extraído do livro Eles, Editora Mundo Cristão)
Quero terminar aqui – bem aqui – porque quero que você pense, assim como eu pensarei, se não estamos vivendo uma vida plena porque não queremos, porque escolhemos pensar como escravos, porque nos acostumamos a ser “coitados”.
A terra reservada para os hebreus tinha “cachos de uvas” que precisavam ser carregados por dois homens. Sem contar em toda a provisão no deserto: a nuvem de fogo à noite, a nuvem de sombra de dia, o maná todos os dias... Mas a visão deles era limitada a enxergar o passado no Egito – e permaneceram escravos sem saber.
Que nossa consciência e nossos olhos se abram pra todas as bênçãos que Ele nos dá. Que possamos enxergar o “Deus da provisão” até no atrasar da condução pro trabalho – Ele sabe o que faz.
Esse é o meu desejo, e minha oração nesse dia.
Tenham um dia repleto de liberdade em Cristo!
